A surpresa surge...

... quando ao jantar, apesar do cansaço, das frustrações e irritações de um dia de semana chuvoso, a pessoa com quem estamos consegue prestar atenção à música suave que passa no restaurante e pergunta ao empregado o que toca... Rodrigo Leão.

Quando acordamos com uma música na cabeça...

Hoje acordei com o refrão de "Unemployable" dos Pearl Jam... Curioso, dado que ontem saí do trabalho perto das 2 da manhã...



Uma música do melhor álbum dos Pearl Jam nos últimos 10 anos... (convenhamos que Riot Act e Binaural são um bocado xaropadas!).

Lição #1

Foi na sexta-feira que comecei as aulas de Guitarra! Só posso concluir que estou muito enferrujado. Como estava à espera, das lições tomadas (tipo xarope) na minha infância, sobrou zero... Neste momento estou para a guitarra como o Cardozo está para marcar golos no Benfas!

O meu prof pareceu-me 5 estrelas... Saído directamente dos Black Rebel Motorcycle Club (pelo menos assim parece... e espero que ele não se chateie com a comparação), não conhecia nenhuma das referências musicais que lhe dei (nem José Gonzalez!!)... É outra onda... tive de recuar até Neil Young para obter um "Ah, já estou a ver!"...

Uma boa surpresa foi o facto da minha guitarra ter sido elogiada! Depois de mais de 20 anos parada, ainda com as cordas originais (já pretas...), foi com espanto que vi o prof a dedilhar umas coisas e a ficar todo entusiasmado com o som "Blues" que de lá saía!

Bom, voltando às aulas propriamente ditas, fiz uns exercicios para desenferrujar e criar de novo os automatismos mais básicos como saber dedilhar, saber a distância das cordas sem olhar, posição das mãos, etc... TPC: praticar 30min a 1hora por dia... Já estou em falta, porque ontem não treinei... há quem esteja farto das escalas repetitivas e ininterruptas que tenho feito!

Últimas aquisições!

A minha última incursão na fnac deu nisto:

Por ordem: Band of Horses (Everything All The Time) não desilude... Boa música com uma voz que por vezes soa a Neil Young como logo a seguir parece Perry Farrel (Jane´s Addicton). Tanto tocam um tema com o título "Funeral" como de seguida tocam "Weed Party"... Mas a coerência do álbum sai intacta!

Antony and The Johnsons (I Am a Bird Now)... Apesar de ser um disco de 2005, só agora descobri a voz triste de Antony. Grandes temas, com participações de Boy George, Rufus Wainwright e Lou Reed. Vem a Portugal nos próximos tempos... a não perder. Se quiserem um registo mais alegre de Antony, oiçam Hercules and Love Affair.

Sigur Rós (Med Sud I Eyrum Vid Spilum Endalaust): longe dos álbuns anteriores... Talvez o piorzito dos islandeses. Não faz arrepios!

Get On Your Boots!

O novo single dos U2 para o álbum "No Line On The Horizon" já está aí! O álbum fica disponível para download em meados de Fevereiro e estará nas estantes de qualquer hiper, worten ou fnac em Março...

Relativamente ao single, a sonoridade é mais de acordo com as tendências ditas "alternativas"... já ouvi fazer algumas comparações com riffs e refrões de Jack White ou Queens of the Stone Age (a mim, o riff de guitarra, principalmente o inicial, soa-me muito a Stone Temple Pilots em "Sex Type Thing"). Comparações à parte, gosto do coro e do som de The Edge. Fico à espera que o resto do álbum me surpreenda.

Covers I

Dois factos:

1. Hoje em dia não há banda ou artista que não faça covers de músicas de outros.
2. No YouTube, com alguma paciência, encontra-se tudo.

Um dos melhores covers que encontrei recentemente foi a interpretação de "Keep The Car Running", original dos Arcade Fire, pelos Foo Fighters.

Os Arcade Fire são do melhor que apareceu nos últimos tempos. Para o provar estão as inúmeras colaborações desta banda com outros artistas: Bono (relembro que "Wake Up" era a música de entrada dos U2 nos seus concertos), David Bowie (curiosamente na mesma música "Wake Up"), Bruce Springsteen... De certo modo, estas colaborações acabam por ser sempre uma espécie de "selo de qualidade"! Fica prometido um post dedicado exclusivamente a Arcade Fire...

Voltando ao video, aguardem pelo final e vejam Dave Grohl a falar de Elton John... "What a douche!!"... Magnifico!

Vicente Palma - MySpace do Ano

Esta devia ser uma nova categoria nas listas dos Melhores do Ano de qualquer publicação dedicada à música. O MySpace tem sido o responsável pela divulgação de projectos interessantes que de outra forma não teriam aparecido junto de muitos de nós (veja-se o caso de Colbie Caillat e, a nível nacional, de Ana Free).

A primeira música que ouvi de Vicente Palma foi "Para Rosalía" no tributo a Adriano Correia de Oliveira. Um piano e uma voz... o suficiente para querer saber mais e ir ver o MySpace que nos diz que ainda não editou nenhum álbum: "As músicas que aqui ouvem - excepto a "Para Rosalía" do Adriano - são de uma maquete de originais que gravei em Abril. É possível que sirvam para tudo... e para nada :)".

Já o wikipedia começa por (inocentemente?) dizer-nos que Vicente Palma é o filho de Jorge Palma... A mim parecia-me bem que daqui a uns anos a o wikipedia definisse Jorge Palma como o pai de Vicente Palma.

Let the show begin... ou talvez não!

Ainda no seguimento das prendas de Natal, a mais original foi um pequeno rectângulo de papel... Nada mais, nada menos do que um cheque oferta para 1 mês de aulas de Guitarra!!!!

Poucas pessoas sabem, mas este é o retomar das primeiras lições que tive... já lá vão (se me recordo bem) pelo menos 22 anos! A história começa no momento em que parti uma guitarra de plástico (tipo Kurt Cobain a curtir o final de um "ganda" concerto) pelos meus 8 anos de idade. Claro que na lista de prendas do Natal seguinte, lá estava o pedido de "uma guitarra com cordas a sério" (tal e qual como escrevi na altura)! O problema foi a interpretação que os meus pais fizeram... é que a parte do "a sério" era só para perceberem que o que eu queria eram as cordas (até podiam ser de nylon)... a guitarra podia ser a brincar! Vai daí, recebo uma guitarra "a sério"... para completar o "kit" toma lá umas liçõezinhas com a senhora do coro da igreja todas as semanas depois das aulas! Ora, como qualquer miudo que se preze na década de oitenta, o que eu mais queria era andar na rua, pelo que ir para casa de uma senhora de 60 anos e aprender a tocar os Parabéns e, no auge do meu virtuosismo, o "Água fria da ribeira", não fazia bem o meu estilo!

Claro está que as lições não duraram muito tempo e a guitarra acabou pendurada na parede do meu quarto uns bons 20 aninhos!

Agora, alguém decidiu que era altura de começar a criticar a música dos outros mas sabendo minimamente alguma coisa de música... pelo menos da parte mais prática. O que me assusta é não estar à altura do desafio... e parecer que qualquer coisa que saia da minha guitarra seja um acto de tortura para mim e para os outros!

A primeira aula é já na próxima semana! Cuidado José Gonzalez... aqui vou eu!

No trabalho, gosto de ouvir...

Não sei como é com o resto das pessoas, mas a música está presente em grande parte do meu dia-a-dia. Saio de casa com o iPod no bolso do casaco. Entro no carro de manhã e ligo o rádio (na Radar, claro). Chego ao trabalho e ponho os headphones. Em casa, para fugir à televisão, ponho um CD... e agora o Blog...

Quando estudava (normalmente em casa) tinha o sossego necessário para me concentrar e o silêncio imperava. Ao começar a trabalhar, sempre em open-space, a necessidade de concentração passou a ser maior. Era um hábito trazer uns CD's para estar sossegado e conseguir ter uma produtividade decente.

Hoje em dia, com os mp3 e com o aparecimento de sites de "rádio" online, facilmente encontramos refúgio de acordo com os nossos gostos musicais... e a verdade é que tem sido desde essa altura que tenho descoberto mais coisas novas!

Comecei com o Pandora e posteriormente, com o seu desaparecimento para os Europeus, encontrei dois bons sites: Deezer e Lastfm. O Deezer é excelente porque apresenta a discografia quase completa de qualquer artista que nos lembremos. Há a possibilidade de ouvir álbuns completos ou de ouvir uma "estação de rádio" associada a um determinado artista/banda. Tudo isto sem ser incomodado por publicidade.

O Lastfm é melhor na componente de "rádio à medida"... o leque de artistas associados a uma determinda rádio é maior e descobre-se muito mais música nova.

Para quem tem um colega de trabalho irritante que não se cala, para quem dispensa a música de elevador a tocar no PC do colega do lado, para quem quer concentração ou simplesmente descobrir novos gostos musicais, explorem estes sites!

Peixe : Avião - O Melhor de 2008 (VP)

Não, este post não é a continuação do outro sobre os nomes estranhos para bandas...

Peixe : Avião... Assim se chamam. A informação no Myspace é bastante completa mas não encontrei nada acerca do porquê do nome!

O álbum "40.02" é todo em português e o primeiro single a aparecer foi "a espera é um arame" (embora eu prefira "nortada").

Walk The Line

Este fim-de-semana vi finalmente o filme... Conhecia algumas músicas de Johnny Cash e a primeira sensação que me ficou é que este homem sofreu bastante ao longo da vida.

Não conhecia muito da história de Cash e fiquei supreendido com o que vi no filme. É inevitável pensar que as suas músicas reflectem o seu percurso de vida... Mal tratado pelo pai, perder o irmão mais velho de forma brutal, o álcool e a droga...

Contudo, o que filme nos conta é a história de amor entre Cash e June Carter. Na sua essência, Cash perdeu-se e encontrou-se devido a uma mulher e não devido à música (apesar das convivências "perigosas" com Elvis, Jerry Lee Lewis, entre outros).

Johnny Cash morreu em 2003... 3 meses depois da morte de June Carter.

Esta é uma versão histórica de "Hurt", um original dos Nine Inch Nails. Foi um dos últimos videos gravados por Cash e que lhe valeu um Grammy.

Eat My Crumbs Before I'm Dead

Na verdade, este devia ter sido o título blog. Passo a explicar...

A certa altura descobri duas (excelentes) bandas de nome "...And You Will Know Us By The Trail of Dead" - em português "... Conhecer-no-ás pelo Trilho de Mortos" - e "Death Cab for Cutie" - vulgo "Táxi da Morte para um Jeitoso".

Simultaneamente, comecei um "jogo" com a F. em que assim que surgem os primeiros acordes de uma banda (geralmente na Rádio Radar quando estou a guiar), pergunto se ela sabe quem são... Ultimamente a taxa de erro tem vindo a melhorar, mas naquele momento, depois de algumas semanas comigo a falar de Trail of Dead e Death Cab, com algum enfado a resposta foi " São os... Eat My Crumbs Before I'm Dead ou lá o que é..."!

Ainda hoje o nome é referenciado em muitas situações. Só não ficou o título deste blog porque era meio caminho para eu ter tantos leitores como o Borda de Água que os romenos vendem nos sinais vermelhos.

Pode ser que um dia venha a ter uma banda com este nome... pelos dois exemplos que mencionei, nomes tão parvos como "Come as minhas migalhas antes que morra" têm sucesso internacional garantido. Talvez a qualidade da música seja inversamente proporcional à lógica do nome da banda!

Bon Iver - O Melhor de 2008

Para mim, este é o álbum do ano:


O que vou dizer pode parecer um "lugar comum", mas isto de escolher o melhor álbum de 2008 é mesmo subjectivo. A comprová-lo está a sua posição nas listagens de 2008...

Colocado no 4º lugar na Mojo e 29º lugar na listagem da Rolling Stone (as Biblias da Música Internacional), nos tops nacionais as discrepâncias não são muito diferentes: 8º na Radar e 29º na Blitz.

O álbum é um hino à simplicidade... Despido de grandes produções, terá sido gravado em cerca de 3 meses numa cabana no Wisconsin. Tal como é descrito no myspace:

"It wasn’t planned. The goal was to hibernate. Justin Vernon moved to a remote cabin in the woods of Northwestern Wisconsin at the onset of winter. Tailing from the swirling breakup of his long time band, he escaped to the property and surrounded himself with simple work, quiet, and space. He lived there alone for three months, filling his days with wood splitting and other chores around the land. This special time slowly began feeding a bold, uninhibited new musical focus..."

Este ano que passou não foi pródigo em álbuns que fiquem na história... Entre bandas como MGMT, Cut Copy e projectos que à partida serão temporários (Last Shadow Puppets), acho sinceramente que Bon Iver é um regresso ao que a música tem de mais básico e por isso mesmo poderá coninuar a ser ouvido durante uns bons e largos anos.

Esta é a minha "malha" preferida:

Clube das Letras

Embora me pareça improvável fazer uma música com letras de José Saramago, Pamuk ou Coetzee, sugiro que acompanhem o blog Clube das Letras.

Os melhores livros que tenho lido nos últimos anos foram sugeridos pela F. e certamente surgirão nos posts que irá colocar futuramente!

A F. é a única pessoa que guarda livros no armário dos sapatos... imaginem o Ensaio sobre a Cegueira juntamente com um par de Blahnik's e os Nike da ginástica...

Boas leituras!

A camada de Ozono...

O subtítulo deste blog está relacionado com um presente de aniversário. Na minha familia e no meu círculo de amigos, já todos conhecem o meu apreço pela música e é frequente oferecerem essencialmente CD's.

Este ano a originalidade tomou conta de algumas pessoas. Desconhecia a existência do site http://www.caoazul.com/ mas a verdade é que se encontram prendas divertidas para qualquer ocasião. Esta veio numa embalagem divertida e com dedicatória especial:

Correndo o risco de ser espancado nas próximidades de qualquer feira, bailinho e festa popular do nosso Portugal, ou por qualquer fã tresloucada do Tony Carreira, envergarei esta t-shirt com muito orgulho e muita convicção!

Ao espreitar o site, dei de caras com esta:

Estou convencido que uma certa pessoa teria oferecido esta... Serei assim tão esquisito?

Disco de 78 rotações... ou Goma-Laca!

O disco de 78 rotações, cuja criação é atribuída a Émile Berliner em 1870, foi largamente utilizado até aos anos 40 do séc.XX.

O material utilizado na sua fabricação era a goma-laca, que dava uma característica rija, vítrea e extremamente frágil ao formato.

A velocidade utilizada nos gramofones (e depois nos gira-discos eléctricos) era de 78 rotações por minuto, peculiaridade que acabou por dar nome a tais discos. Possuíam normalmente uma música de cada lado, com uma capacidade de até 4 ou 5 minutos em cada face.

O tamanho-padrão era de 25 cm. No começo, gravava-se apenas um lado do disco. Posteriormente, por volta de 1910, os discos começaram a ter por padrão os dois lados gravados.