Ainda não é hoje que tenho tempo de escrever sobre as férias. Anda tudo louco aqui no trabalho!
Em forma de resumo: "Chicago" na Broadway, Steve Wilson num concerto de jazz no Village Vanguard, compra de CD's no Borders e em Londres, actuações no metro...
Fiquei fã do estilo de Chan Marshall com os dois últimos álbuns editados como Cat Power: The Greatest (originais) e Jukebox (colectânea de covers).
Em Jukebox encontramos esta versão de "New York" do grande Frank... "A Voz" é inimitável mas a versão aqui apresentada, por ser quase irreconhecivel, está no meu Top de covers.
Sou fã de tudo o que é Quentin Tarantino! O humor negro dos seus filmes está para além de qualquer argumento imaginável pelo comum dos mortais... de tal maneira que muitas vezes me esqueço que estou a ver um filme com uma carga excessivamente violenta...
A música presente nos filmes deste realizador também ajuda a ser um apreciador da sua obra. Imagino QT a escrever o esboço do seu próximo filme e de vez em quando a olhar para a MINHA estante de CD's lá em casa de modo a escolher o tema que fica bem na abertura do filme... ou qual o melhor som para a dança de Travolta e Uma Thurman! Aliás, muito vezes imagino as músicas que EU teria escolhido para determinadas cenas...
QT reconhece a importância da música nos seus filmes: "I don't believe in putting in music as a band aid to get you over some rough parts or bad film making. If it's there it's got to add to it or take it to another level. To me, movies and music go hand in hand. When I'm writing a script, one of the first things I do is find the music I'm going to play for the opening sequence."
A ligação entre o filme e a banda sonora é tão próxima que as personagens muitas vezes cantam os temas: Mr. Blonde (Michael Madsen) com "Stuck in the Middle With You" dos Stealer's Wheel em Reservoir Dogs, Butch Coolidge (Bruce Willis) com "Flowers on the Wall" pelos The Statler Brothers e Mia Wallace (Uma Thurman) com "Girl, You'll Be a Woman Soon" dos Urge Overkill em Pulp Fiction.
Do melhor que já vi nos últimos tempos!!! A ideia incial era ser um site (http://www.fromthebasement.tv/) repositório de sessões de música gravadas em alta definição para posteriormente serem utilizadas em podcasts de alguns operadores de internet (tipo radio "on demand"). Contudo, os custos de produção elevados levaram a repensar o modelo de negócio. Actualmente já há um DVD à venda e os conteúdos das várias sessões são vendidas também para televisão.
Nas várias gravações encontramos de tudo: o surpreendente Andrew Bird, os hippies Fleet Foxes, os pré-históricos Sonic Youth, o mestre da guitarra Jose Gonzalez, os poderosos Queens of The Stone Age... enfim... perco a conta aos que por lá já passaram. Estou francamente "banzado" com a qualidade da produção! A ver se saco o DVD na minha viagem aos States!!
Já algum tempo que era para escrever algo sobre os Foo Fighters e a ocasião surge agora, curiosamente depois do meu prof de guitarra ter perguntado que opinião tinha eu sobre esta banda.
Dave Grohl não tem uma voz fora do outro mundo. As suas músicas não são elaboradas. A banda passou por algumas transformações desde o seu primeiro álbum. Esse primeiro álbum (onde Grohl tocou todos os instrumentos), apesar de ter uma produção muito fraquinha, talvez tenha sido a passagem ideal de Grohl para a fase pós-Nirvana.
Mas a verdade é que, inconscientemente, fui comprando todos os álbuns desta banda (e seguindo os projectos paralelos do seu líder: Queens of the stone age, Probot). A sensação que tenho é que os Foo Fighters estão hoje no auge da sua forma! O seu percurso é coerente e sempre em crescendo. Hoje tocam alto, com força e muita vontade!
Tudo isto é comprovado pelo DVD recentemente lançado com o seu espectáculo no mítico estádio de Wembley. "Best of You" foi o último tema do concerto, a mostrar Dave no seu limite, completamente esgotado, fisica e emocionalmente!
A aula de sexta correu melhor... O desafio agora é tocar alguma coisa de Neil Young!
Este tema é um clássico, mas a versão que estou a tentar tocar não é tão "rockeira": pelo ritmo (ainda não tenho pedalada) e pelo facto de ser em versão "unplugged"!
Nunca fui fã da chamada Brit Pop por duas razões: por causa dos Oasis... e por causa dos Oasis... Há lá banda mais irritante no mundo!??
Mas a verdade é que há mais para além destes irmãos arrogantes. Assim de repente lembro-me do excelente álbum dos The Verve (com pérolas como Bitter Sweet Symphony e Lucky Man). O problema da Brit Pop é, para além da arrogância, a consistência das suas criações. A maior parte fica-se por um álbum de grande sucesso seguido do descalabro... parece que a fórmula facilmente se esgota.
Há precisamente 20 anos surgiram os Stone Roses, para muitos os pais da Brit Pop. Fizeram dois álbuns, tendo o primeiro ficado para história da música criada em Manchester. Do segundo não reza a história...
Há uns anos, os Limp Bizkit socorreram-se dos seus fãs na tentativa (frustrada) de encontrarem um guitarrista para fazer face ao abandono de Wes Borland. Deram inclusivamente um nome ao processo de audições, tal como se de uma tour se tratasse: Put Your Guitar Where Your Mouth Is.
Agora é a vez dos Smashing Pumpkins iniciarem um processo semelhante para a subsituição de Chamberlin na bateria... É fácil: basta enviar uma curta biografia, fotografia e áudios ou vídeos de músicas onde se demonstre o seu talento para o endereço pumpkinsdrummer@gmail.com
Portanto, meus amigos: se são experts no Guitar Hero ou na bateria do Rock Band, candidatem-se... Deixam o conforto do vosso sofá e amanhã são parte do Star System... com tudo a que se tem direito... sexo, drogas e "roquenróle"!!!!
PS: cheira-me que já não vamos ter pérolas destas:
É com tristeza que vejo uma grande amiga terminar o seu blog. Foram tempos de partilha de aventuras e desventuras quando a distância impedia de nos reunirmos frequentemente... Não raras vezes chegava ao trabalho de manhã (quase de madrugada, pelos padrões portugueses) e comentávamos online as suas novidades!
O apreço que tenho hoje pelos U2 deve-se a esta amizade... especialmente depois de umas férias de inverno em Tavira, rodando o Best Of 1980-90 vezes sem conta. Acho que nunca cheguei a agradecer convenientemente o facto de ter passado uma noite nas filas para nos comprar bilhetes para o concerto em Lisboa... (Sim, eu sei... Foi uma estupidez acabar por não ir).